Com efeito, é necessário ter presente que até 20% dos doentes com história de abuso de álcool apresentam DNA Synthesis inhibitor uma causa secundária ou coexistente de doença hepática 26. O diagnóstico histológico de esteato-hepatite alcoólica baseia-se no achado de fígado gordo com um quadro de esteatose predominantemente macrovesicular, acompanhado de infiltrado inflamatório e lesão hepatocitária. O infiltrado inflamatório está
geralmente presente em focos lobulares dispersos, podendo atingir os espaços porta, constituído por neutrófilos, linfócitos, plasmócitos e macrófagos. A lesão hepatocitária mais frequente é a degenerescência em balão ou balonização dos hepatócitos. Normalmente, é mais proeminente na zona 3, onde se pode associar a fibrose perissinusoidal e outros hepatócitos esteatósicos. Outro achado histológico comum são os corpos de Mallory-Denk. A presença de colestase canalicular, proliferação ductular, lesões veno-oclusivas e Navitoclax nmr necrose hialina esclerosante é muito sugestiva da etiologia alcoólica da esteato-hepatite28.
Recentemente, foi relatada a utilidade de usar um corante imuno-histoquímico para K8/18, com vantagem de uma maior uniformização na interpretação das biopsias hepáticas para avaliar a gravidade da HAA, podendo produzir informação diagnóstica e prognóstica relevante29. A biopsia tem também a vantagem de permitir um estadiamento muito mais preciso da DHA. A ecografia hepática deve ser efetuada em todos os doentes com suspeita de HAA. É útil para excluir obstruções das vias biliares,
abcessos hepáticos e carcinoma hepatocelular, no diagnóstico diferencial da icterícia7 and 21. Masitinib (AB1010) Foi também demonstrado que a HAA está associada com um aumento do diâmetro e do fluxo da artéria hepática, que pode ser medido através do modo doppler duplex30. A elastografia hepática transitória é um avaliador não invasivo da fibrose hepática. É efetuada com um transdutor de ultrassons, que, baseado na elastografia transitória unidimensional, consegue medir a velocidade de propagação, que está diretamente relacionada com a elasticidade hepática. É um método rápido, indolor, reprodutível e pouco dependente do operador31. Contudo, a elastografia pode não ser adequada na presença de esteato-hepatite, sobrestimando a presença de fibrose32 and 33. A tomografia axial computadorizada abdominal não é usada por rotina no diagnóstico da HAA. Não existem dados sobre nenhum tipo de imagem característica da HAA, usando este método de imagem, como também pode ser um fator de confusão ao revelar lesões pseudotumorais na forma de áreas com hipervascularização arterial, que poderão corresponder a focos de intensa hiperplasia regenerativa focal34. Alguns centros diferenciados efetuam a medição do gradiente de pressão venoso hepático, cujo aumento está associado a uma maior mortalidade35.